Isolamento social tem trazido céus mais claros aumentando a eficiência das placas fotovoltaicas.
Estudo realizado no final de março em Deli, capital da Índia, afirma que o lockdown contribuiu para que a geração de energia fotovoltaica fosse superior durante o período de isolamento social. O favorecimento dessa situação se da ao fato de que a poluição do ar pode bloquear parte da luz que chega às placas. Após as medidas de contenção implantadas, vários lugares do mundo registraram uma melhora visível dessa poluição, como no estado indiano de Punjab, onde moradores conseguiram avistar partes do Himalaia pela primeira vez em anos.
“Deli é uma das cidades mais poluídas do planeta“, diz Ian Marius Peters, principal autor do estudo. “Além disso, a Índia implantou um bloqueio drástico e repentino no início da pandemia, trazendo súbitas reduções na poluição do ar que facilitam a sua detecção”.
Conhecidas como material particulado ou PM 2.5, as particular de poluição do ar foram coletadas na embaixada dos EUA em Déli e a observação dos pesquisadores foi que os níveis haviam caído pela metade se comparados aos anos anteriores. O estudo também mostrou que os níveis de insolação recebidos por um painel solar em área residencial, a cerca de 10 km do centro de Deli, foram até 8,3% maior do que em anos anteriores.
Conclusões do estudo
A equipe do estudo concluiu que as quedas na poluição e o ar mais limpo permitiram com que a luz solar passasse mais livremente pela atmosfera, aumentando o rendimento dos painéis solares. Os pesquisadores afirmam que a tecnologia continuará gerando quantidades superiores de eletricidade enquanto os níveis de poluição do ar permanecerem reduzidos.
“Conseguimos vislumbrar a aparência de um mundo com melhor ar e ver que pode haver uma oportunidade de ‘achatar a curva climática’. Acredito que os painéis solares podem desempenhar um papel importante e que, futuramente, teremos mais instalações fotovoltaicas pode ajudar a gerar um ciclo de feedback positivo que resultará em céus mais claros e limpos” afirma Peters.