Alguns estados brasileiros são mais afetados que outros no índice de pluviosidade, mas isso não é motivo de preocupação para o autoprodutor de energia.

O Brasil é um país privilegiado tratando-se em incidência de raios solares. Durante todo o ano, são mais de 3 mil horas de brilho solar recebidas,  o que corresponde a um índice solar diário que varia de  4.500 a 6.300 Wh/m².

Mas e nas áreas que chove muito, a produção de energia fotovoltaica é interrompida?

Não. O funcionamento dos painéis fotovoltaicos não é afetado em dias nublados e chuvosos. As placas permanecem recebendo radiação solar uma vez que sua tecnologia está muito mais associada aos raios solares do que ao calor direto propriamente dito.  No entanto, é natural afirmar que o sistema não atinja o seu potencial em 100% mas a produção permanece.  Outro fator que pode comprometer o potencial de produção de energia é a poluição. A grande emissão de gases poluentes deixa a atmosfera mais densa, dificultando a passagem de raios solares.

Invernos rigorosos, com neve e chuva intensa. Como fica a produção?

Não é a realidade do Brasil, mas nesses locais a tecnologia solar funciona muito bem. Cidades tipicamente nubladas e com invernos rigorosos com neve como Nova York, Seattle e Boston estão no topo das que mais investem em energia solar. O mesmo se aplica a Alemanha, que recebe o equivalente a 40% menos de luz solar em sua região de maior potencial, comparada ao Brasil.

Vale ressaltar que o sistema fotovoltaico não depende exclusivamente de um clima absolutamente quente para gerar eletricidade. “Os painéis solares, curiosamente, funcionam melhor em locais que mesclam dias ensolarados e frios. Quando os módulos solares funcionam em temperatura acima de 25º C, eles tendem a perder um pouco de eficiência. Isso não significa que eles não funcionem – pelo contrário”.